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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Fitoterapia em praça pública

 
  
  Essa matéria foi resultado de um  trabalho  'free-lancer' para 'jornalzinho' de Aimorés. O dono e os editores do jornal, se é quem sabem o que é edição, nao colocaram meus créditos no texto.  Gente que pensa pequeno e sempre serão nanicos! Pena que não consegui postar aqui as fotos.






 Fitoterapia  em praça pública


             Ivan Ruela



            A procura por medicamentos mais saudáveis e a oferta da biodiversidade da Mata Atlântica em plantas e raízes de valores terapêuticos criaram um mercado promissor. O comércio de plantas medicinais, hoje em grande parte, adotado por grandes lojas e empresas, ainda é em alguns lugares, representado por um dos seus precursores, os raizeiros.  Natural de Aimorés, José Carlos da Silva, é um destes tradicionais vendedores que ainda podemos encontrar em alguma esquina ou praça pública. “Trabalho com plantas e ervas há 26 anos. Antes vendia também em Resplendor, Mutum, Colatina”. Relata o vendedor, que hoje trabalha em Baixo Guandu, onde reside há quatro anos, além de possuir uma banca, em frente a uma agencia do Itaú, no centro de Aimorés.
          Ao contrário de alguns ambulantes que oferecem produtos “milagrosos” na rua, José Carlos prefere maneiras mais leais para adquirir e manter a clientela. “Não insisto com fregueses, tento manter a qualidade do produto, com honestidade, sem mentiras. Assim eles vêm até a mim”, orgulha-se.  Segundo o vendedor, a época do ano é que determina a maior aceitação de determinado produto. “Neste período de inverno a procura por Pacová é grande, pois é indicada para reumatismo”. Porém, um medicamento é o carro chefe da banca, o ‘Nó de Cachorro’, de valor afrodisíaco, também conhecido por ‘Viagra natural’. “É o mais vendido!”, dispara.

         Dentre algumas espécies vendidas na banca de José Carlos, temos variados nomes e funções terapêuticas:

- Manjericão– (Ocimum mininum) - Folhas, por infusão: Sedativo, anti-reumático, combate dores de cabeça nervosas e gastrite, elimina os gases do estômago e dos intestinos, aumenta a lactação. Por gargarejo: combate aftas.
-Pacová – (Elettaria Cardamomum) – Raízes, por decocção: Reumatismo, dores lombares, artritismo, diarréias, cólicas intestinais, dispepsias, estomáquico e carminativo, antiofídico.
Erva Cidreira– (Melissa officinalis) - Folhas, por infusão: Insônia, febre, estimulante biliar, regula a menstruação, enxaquecas persistentes, tônico do sistema nervoso, histerismo, desmaios, vertigens, insônia, dores de cabeça, epilepsia, afecções gástricas e nervosas, gases, cãibras intestinais, má circulação do sangue, pressão alta, palpitações, resfriados, tosse. Elixir contra picadas de insetos e mordidas de animais. O suco das folhas frescas amassadas, misturado com sal, serve para caxumba
Gengibre – (Zingiber officinalis) – Raízes, por decocção: Purifica o sangue, tônico, bactericida, expectorante, rouquidão, dores espasmódicas, comobate os vômitos, baixa o colesterol, estimula o apetite, carminativo, favorece a diurese. Compressa: Traumatismos, inchaços, reumatismo, dores nas articulações.
Jurubeba – (Solanum paniculatom) - Raízes e frutos, por decocção: Febres intermitentes, hepatite, hidropsias, icterícia, doenças do fígado em geral, inflamação no baço, tumores do útero e do abdomem, cólica, diurético, estimulante, tônico. Suco dos frutos: Estômago e baço. Cataplasma: Úlceras
Louro – (Laurus nobilis) - Folhas, por infusão: Má digestão, gases do estômago e dos intestinos, bronquite crônica e gripes.
Hortelã– (Mentha piperita) - Folhas, por infusão: Vermífugo, calmante, tônico estomacal, estimula as funções gastrointestinais, dispepsias e afecções crônicas do fígado, cólicas intestinais e hepáticas, aumenta a produção e circulação da bílis, afecções das vias urinárias, prisão de ventre. Asma, bronquite, tosse, gripe, resfriados e febres. Gargarejos: Dor de garganta. Cataplasma: Picada de insetos, dores de cabeça e nas juntas.

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