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sexta-feira, 15 de abril de 2011

ICMBio e SFB promovem diagnóstico sobre açaí no entorno de florestas no Pará

Foto: Divulgação


A ação conjunta do Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) está possibilitando a realização do Diagnóstico Participativo do Uso do Açaí em municípios do oeste do Pará, de 12 a 16 de abril.  A iniciativa partiu das próprias comunidades, que integram os Grupos de Trabalho dos Conselhos Consultivos das Florestas Nacionais (Flonas), na área de influência da BR-163.  A promoção de alternativas de geração de renda a partir de recursos naturais do entorno das Flonas é uma das formas de controle e consolidação dessas Unidades de Conservação (UCs), localizadas no Distrito Florestal Sustentável (DFS) da BR-163.
O levantamento sobre manejo, técnicas, entre outras informações do uso do açaí - nativo e plantado - no entorno das Flonas Itaituba I, Itaituba II e Trairão vai possibilitar o conhecimento das condições de exploração, seus produtos derivados, suas cadeias de comercialização, além das áreas de plantio ou retirada do fruto nativo.  A atividade enfrenta dificuldades para legalização da produção, armazenamento, transporte, beneficiamento e assistência técnica.
Por ser uma espécie importante para a promoção de cadeias produtivas sustentáveis e também por envolver as comunidades do entorno de Ucs, a ação é apoiada pelo Projeto BR-163 - Floresta, Desenvolvimento e Participação, cujo objetivo é consolidar o DFS, o primeiro criado no Brasil.
A organização do Serviço Florestal e do ICMBio conta com a colaboração do Instituto de Pesquisa da Amazônia (Ipam), do Instituto de Tecnologias Sustentáveis para a Amazônia (Itesan) e da Cooperativa Mista Agro Extrativista do Caracol (Coopamcol).  A iniciativa é voltada somente para os moradores das comunidades e a expectativa é de que participem pelo menos 20 pessoas de cada localidade.
O primeiro encontro será dia 12 de abril, terça-feira, em Três Bueiras, no município de Trairão.  No dia 13 de abril, será a vez da Vila Planalto, em Rurópolis.  Dia 14, as atividades serão em Bela Vista do Caracol, em Trairão.  Já nos dias 15 e 16, o diagnóstico será realizado em Itaituba.  Primeiro, será na comunidade do Km 30 - onde as Brs-163 (Cuiabá/Santarém) e 230 (Transamazônica) se encontram - e no dia 16, a programação será na Vicinal do Cacau.
Nos municípios de Trairão, Itaituba e Rurópolis, o açaí é utilizado na produção de palmito em conserva e de polpa.  Na região, o fruto é abundante e seu uso adequado pode significar uma melhor qualidade de vida das comunidades através do aumento da renda familiar.
Projeto BR163 - Floresta, Desenvolvimento e Participação - Além de viabilizar ações como essa, o Projeto BR-163 - Floresta, Desenvolvimento e Participação é quem subsidia com recursos financeiros as atividades dos conselhos consultivos dessas e outras Flonas na região.  Também possibilita a elaboração de diversos estudos para reconhecimento dessas áreas.  Fornece equipamentos e veículos para a realização de trabalhos da área de influência da BR-163.  Ainda fomentar a melhoria da qualidade de ensino do manejo florestal em universidades e escolas técnicas da região, entre outras ações.
O Projeto BR-163 - Floresta, Desenvolvimento e Participação é coordenado pelo Departamento de Políticas de Combate ao Desmatamento da Secretaria Executiva do Ministério do Meio Ambiente.  Conta com o apoio técnico e a gestão financeira da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO Brasil), os recursos do Projeto são doações da União Europeia.

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
mma.gov.br

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Dia Nacional da Conservação do solo!

 * Por Élvio dos Anjos

Foto:Divulgação
O solo é o resultado de algumas mudanças que ocorrem nas rochas. Estas mudanças são bem lentas, sendo que as condições climáticas e a presença de seres vivos são os principais responsáveis por sua transformação.

Instituída pela lei federal nº 7.876 em 13 de abril de 1989, no 15 de abril é comemorado o Dia Nacional da Conservação do Solo. Uma homenagem ao nascimento do americano Hugh Hammond Bennett, considerado o pai da conservação dos solos nos Estados Unidos e o primeiro responsável por esse tipo de serviço nos país.
Em Mato Grosso (campeão mundial em uso de agrotóxicos) ao longo dos anos, percebemos uma melhora significativa na conservação do solo no setor da agricultura, já que com a prática do plantio direto (onde não se revira o solo), a palhada da cultura colhida fica por cima. É uma proteção a mais na sua conservação.
Já com os pastos, uma matéria publicada em setembro de 2010 pelo SINTERP (Sindicato dos Trabalhadores da Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Publica de Mato Grosso), mostra uma grande preocupação por parte dos técnicos e ruralistas em criar um projeto para a correção do solo, com curva de nível, calagem e adubação.
Ao contrário do que muitos pensam, as pastagem por não ser reconhecida como uma cultura por boa parte dos pecuaristas, 80% delas no Brasil (Yokoyama 1995) apresenta alto grau de degradação. Ao contrário do que muitos pensam, 80% das pastagens brasileiras (Yokoyama 1995) apresentam alto grau de degradação, isso acontece justamente por não serem reconhecidas como uma cultura por boa parte dos pecuaristas.
Enchentes nas cidades, quedas de barrancos, alagamentos e assoreamento dos rios são provocadas por falta de cuidados com o solo. Um exemplo simples em nosso cotidiano é o Rio Cuiabá o qual já foi palco de navegações de grandes navios, hoje, com o assoreamento, apenas pequenos barcos ousam a trafegar.
Devemos ter em mente que a proteção do solo é um trabalho contínuo. O Código Civil Brasileiro descreve: “Cada um de nós é responsável pelo prejuízo que causa à sociedade, quer por um ato, quer pela sua negligência”. Não podemos obrigar quem quer que seja a adotar práticas perante as quais o espírito e a mentalidade não se encontrem devidamente consciente.
Precisamos ficar atentos as condições ambientais e climáticas que vivemos, essas mudanças não são comuns, são provocadas pelos próprios atos sociais). A engenheira-agrônoma Ana Primavesi, pioneira no Brasil com o manejo ecológico do solo escreve: “O futuro do Brasil está ligado à sua terra. O manejo adequado de seus solos é a chave mágica para prosperidade e bem estar geral. A natureza em seus caprichos e mistérios condensa em pequenas coisas, o poder de dirigir as grandes; nas sutis, a potência de dominar as mais grosseiras; nas coisas simples, a capacidade de reger as complexas”.
Vamos comemorar esse dia refletindo a respeito do que verdadeiramente nos sustenta aqui na terra e sua importância para continuidade de nossa espécie. A natureza faz seu papel, nós, como fazemos parte desse processo, devemos nos adequar sem agredir. A conservação do solo haverá de impor-se naturalmente, e a força de seus concretos argumentos será suficiente para convencer a atrair os mais rebeldes pessimistas.

Élvio dos Anjos – Jornalista Socioambiental e Gerente Social.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Oito mil animais silvestres morreram atropelados no Pantanal em 2011

foto:ivan ruela

 

Ibama e DNIT querem fazer cerca para desviar dos animais, motoristas fazem manobras arriscadasfazer cerca para impedir acesso de animais.


Ambientalistas estão com um problema no Pantanal sul-matogrossense. O tráfego pesado nas estradas virou uma ameaça aos animais. O número de atropelamentos de animais silvestres chegou a oito mil só no ano passado.

A cena é comum nas estradas que cortam o Pantanal. Animais silvestres atravessam as pistas, na terra ou no asfalto. A cobra cascavel vai bem devagar. Nem sempre dá tempo de frear.

Ao longo da BR-262, várias espécies de bichos já foram atropelados. A rodovia dá acesso a cidades pantaneiras e também é rota de exportação para a Bolívia, por isso tantos caminhões e carretas. Uma ameaça à fauna da região.

“Na época de enchente, eles estão fugindo da cheia, mudando de um local para outro, ou usando a estrada como refúgio temporário, para não ficar o tempo todo dentro da água. Na época de seca, quando começam a secar as lagoas, eles tentam buscar outros locais com água e alimentos, então cruzam a estrada com uma frequencia maior”, explica Walfrido Tomáz, especialista em fauna da Embrapa.

Pelo menos 300 quilômetros da rodovia cortam o Pantanal. A maior parte dos atropelamentos de animais silvestres acontece das 18h às 20h. Segundo a Polícia Rodoviária Federal é um período em que a visibilidade na estrada fica reduzida e é mais difícil perceber a presença de um animal.

Para desviar dos animais, os motoristas fazem manobras arriscadas e elas já representam a segunda maior causa de acidentes nas rodovias do estado.

Nesta época do ano, em que o Pantanal vive uma das maiores cheias da história, quem viaja pela rodovia não pode ter pressa. Por lá também passam as comitivas que retiram o gado dos pastos alagados e levam os rebanhos para regiões mais altas.

A Polícia Rodoviária Federal informou que há sinalização nas estradas para alertar sobre o risco de acidentes com animais. O Ibama e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, o DNIT, assinaram um acordo para tomar uma série de providências, como a instalação de uma cerca pra impedir o acesso dos animais à pista. Só que até agora nada foi feito.
 Fonte: globoamazonia

terça-feira, 12 de abril de 2011

Ocorrência de Salmonela é menor em frangos orgânicos

Luana Caires*

A salmonela, comum no intestino da galinha, pode contaminar o ovo e a carcaça do animal, foto: StevenW






Um estudo realizado pelo Center for Food Safety da Universidade da Georgia apontou que frangos convencionais são mais suscetíveis à salmonela do que os orgânicos. Enquanto 38,8% das aves tradicionais carregavam a bactéria, o mesmo ocorria com apenas 5,6% das orgânicas. E o pior: 39,7% das salmonelas encontradas no frango comum apresentaram resistência a seis antibióticos diferentes, o que não ocorreu com as dos orgânicos.
Os pesquisadores analisaram animais de abate de uma mesma empresa da Carolina do Norte e apontaram que esse resultado tem a ver com a maneira como os frangos são criados. Se os convencionais podem ser presos em gaiolas, os orgânicos devem ser mantidos em um ambiente semelhante ao seu habitat natural – com acesso a espaços externos,  ar fresco e luz do sol, de acordo com o regimento da National Sustainable Agriculture Information Service dos Estados Unidos (ATTRA). O código também proíbe a utilização de antibióticos e outras drogas, o que obriga o criador a diminuir o número de frangos mantidos em um mesmo ambiente para evitar o aparecimento de doenças. Em granjas normais, cada animal costuma ter cerca de 0,05 metros quadrados de espaço, já na maioria das orgânicas, cada frango tem, em média, pelo menos 0,14 metros quadrados. Além disso, o ATTRA também proíbe que subprodutos do abate animal sejam misturados na ração das aves.
A intoxicação alimentar por salmonela é uma das mais frequentes e é um desafio para a saúde pública. Essa bactéria é comum no intestino da galinha e pode causar a contaminação da membrana que envolve a gema durante a formação do ovo e, dependendo das condições em que o animal for criado, pode contaminar também a carcaça do animal. Levantamentos em diferentes países têm mostrado que 30 a 50% das carcaças de frangos congelados ou resfriados estão contaminadas por salmonela. No Brasil, os índices variam de 9,15 a 86,7%.

* http://www.oecocidades.com/