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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Agricultores visitam Sistemas Agroflorestais em Cotriguaçu

André Alves*


foto: Láercio Miranda
 
Cerca de trinta agricultores conheceram dois sistemas agroflorestais em Cotriguaçu, a 893 km de Cuiabá. Eles participam do projeto Poço de Carbono Juruena, executado pela Associação de Desenvolvimento Rural de Juruena (ADERJUR) e patrocinado pelo Programa Petrobras Ambiental. O objetivo deste intercâmbio, realizado entre os dias 18 e 19 de março foi estimular os agricultores a adotarem novas práticas de produção agrícola, mais rentáveis economicamente e ambientalmente mais eficientes.
A primeira experiência foi o sistema silvopastoril da fazenda São Nicolau, que integra pasto e árvores, gerando mais sombra para o gado, que pode ir para o abate, em média, seis meses antes dos animais com mesma idade, mas criados em pastagens extensivas. “O ambiente fica sombreado e mais confortável para o gado que sofre menos com o calor e por isso se desenvolve mais rapidamente”, explica Paulo Nunes, coordenador do projeto Poço de Carbono Juruena. “Além disso, é possível fazer esse sombreamento com espécies comerciais como teca e aroeira, que podem ser vendidas no futuro. Outras espécies como a figueira e cajá atraem aves e ajudam a aumentar a biodiversidade da região”, complementa.
Nessa fazenda de 10 mil hectares é implantado desde 1998 um projeto de seqüestro de carbono realizado em parceria entre a empresa Peugeot e a estatal francesa ONF (Escritório Nacional das Florestas). O carbono é estocado a partir do reflorestamento com espécies nativas da Amazônia e algumas exóticas, assim, pelo menos dois mil hectares já foram reflorestados com sucesso.
A segunda experiência conhecida foi no Projeto de Assentamento Juruena, no sítio do casal Veridiana e Silvio Vieira. O casal, que há oito anos começou a investir no plantio de pupunha e atualmente conta com uma produção de 170 mil pés de pupunha, vendida para uma fábrica beneficiadora de palmito a R$ 1,50 a haste. Para melhorar a produção de pupunha eles investiram 150 mil reais num sistema de irrigação que abrange toda a lavoura de pupunha. Além disso, são gastos cerca de 10 mil reais por ano em diesel para puxar a água do rio Juruena que irriga o plantio.
“Plantar pupunha é a melhor coisa do mundo”, anima-se Veridiana, uma jovem agricultura que consorcia na área de produção o plantio de arroz, feijão, melancia entre várias outras espécies. “A gente deixa as árvores nativas no meio da plantação porque elas fazem bem pro palmito crescer”. Apesar do investimento relativamente alto para irrigação a expectativa é que a dívida se pague em até dois anos. Com a irrigação, a produtividade do palmito pode aumentar em até 40%.
Genir dos Santos, que mora no Vale do Canamã em Juruena, diz ter gostado muito das experiências que viu. “Tem muito futuro aqui e eu aprendi muita coisa que dá pra fazer no meu lote, onde plantei oito mil pés de palmito consorciado com 300 pés de cacau com apoio do projeto Poço de Carbono Juruena”, afirma. Genir gostou tanto do que viu que já planeja fazer a irrigação da sua área também.

Mesmo com período intenso de chuvas, Mato Grosso registra desmatamento da floresta amazônica

  Daniela Torezzan *


foto:divulgação

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou nesta quarta-feira (6) os dados do desmatamento na Amazônia Legal nos meses de janeiro e fevereiro de 2011, monitorados pelo sistema Deter. Segundo o órgão foram registrados 19,2 quilômetros quadrados de corte raso da floresta amazônica no bimestre, sendo 14,4 em Mato Grosso, 4,3 no Maranhão e 0,5 quilômetros quadrados no Pará.
De acordo com o Inpe, a grande quantidade de nuvens nos estados que compõe a Amazônia Legal, que passa pelo período da estação chuvosa, dificultou bastante o registro dos satélites. O boletim divulgado pelo órgão aponta que, em janeiro de 2011, foi possível monitorar apenas 15% da região e, em fevereiro, apenas 7%.

O Departamento de Geotecnologias do Instituto Centro de Vida (ICV) identificou os pontos centrais do desmatamento em Mato Grosso no período, concentrados em três municípios: o município de Nova Ubiratã (com dois pontos) registrou 10 quilômetros quadrados de desmatamento, seguido por Itanhangá, com 4 quilômetros quadrados e Bom Jesus do Araguaia com 0,4 quilômetros quadrados de corte raso da floresta.

O Inpe ressaltou que não é possível estabelecer comparativos entre o mesmo período (janeiro e fevereiro) de anos anteriores em função da variação da cobertura de nuvens típicas para esta época do ano e ainda pelo fato de os satélites utilizados detectarem apenas polígonos de desmatamento com área maior que 25 hectares. Também alertou que, em função dessas variáveis, “os dados do DETER não representam uma avaliação fiel do desmatamento mensal da floresta amazônica, mas são importantes indicadores para os órgãos de controle e fiscalização”.

Segundo o órgão, para computar a taxa anual do desmatamento por corte raso na Amazônia, o INPE utiliza o PRODES, que trabalha com imagens de melhor resolução espacial capazes de mostrar também os pequenos desmatamentos.

*icv.org.br

terça-feira, 5 de abril de 2011

Especialistas alertam para o perigo dos agrotóxicos para a saúde humana e o meio ambiente


FOTO:Divulgação


Especialistas que participaram de mesa-redonda promovida pela Rádio Nacional de Brasília, da Empresa Brasil de Comunicação, para debater o uso inadequado de agrotóxicos nas lavouras, alertaram para a importância de substituir os defensivos agrícolas por produtos de menor toxicidade e também para o perigo do uso de agrotóxicos contrabandeados.

Eles observaram que é preocupante a contaminação dos produtos agrícolas e de origem animal que pode afetar a saúde humana. Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e ex-presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear, José Luiz Santana, um dos debatedores, ponderou que o uso de defensivos acaba sendo necessário para que a produção agrícola mundial se situe no patamar anual de 2 bilhões de toneladas de grãos.
Por isso, segundo ele, “é preciso que a própria sociedade cobre o emprego correto desses produtos de forma que os efeitos negativos para a saúde do consumidor sejam reduzidos”.
O médico e doutor em toxicologia da Universidade Federal de Mato Grosso Wanderlei Pignatti afirmou que, em 2009, foram utilizados, no Brasil, 720 milhões de litros de agrotóxicos. Só em Mato Grosso, foram consumidos 105 mil litros do produto. Ele indaga “onde vai parar todo esse volume” e defende a reciclagem das embalagens vazias a fim de não contaminarem o meio ambiente.
Pignatti alerta que a chuva e os ventos favorecem a contaminação dos lençóis freáticos. Entre os defensivos agrícolas mais perigosos, ele cita os clorados, que estão proibidos em todo o mundo e ainda são utilizados largamente no Brasil. São defensivos que causam problemas hormonais e que podem afetar a formação de fetos, segundo o médico.
O professor relatou que, nos locais onde o uso de agrotóxicos não é feito com critério, encontram-se casos de contaminação do próprio leite materno, “o alimento mais puro que existe”, o que ocorre pela ingestão do leite de vaca. “A mulher vai ter todo o seu organismo afetado quando o seu leite não estiver puro e os efeitos tóxicos podem ficar armazenados nas camadas de gordura do corpo”.
Ele lembrou ainda há resolução do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento que proíbe a pulverização de agrotóxicos num raio de 500 metros onde haja habitação e instalações para abrigar animais, distância que tem que ser observada também em relação às nascentes.
O professor Mauro Banderali, especialista em instrumentação ambiental na área de aterros sanitários, reconhece que, apesar da cultura de separação do lixo tóxico em aterros que há existe no país, ainda não se sabe exatamente o potencial dos agrotóxicos para contaminar o solo e a água e, consequentemente, os seres humanos pelo consumo de alimentos cultivados em áreas pulverizadas. “A preparação do campo para o plantio é, frequentemente, feita sem se saber se vai vir chuva. Quando o tempo traz surpresas, ocorre a contaminação das nascentes em lugares onde a aplicação foi demasiada”.
O professor José Luiz Santana ressalva que há, no país, propriedades muito bem administradas onde há a preocupação de manter práticas sustentáveis. Ele, no entanto, denunciou que há agricultores que usam marcas tidas como ultrapassadas na área dos químicos e que podem ser substituídas por alternativas de produtos mais evoluídos, disponíveis no mercado.
Para ele, apesar da seriedade do assunto, “não se deve assustar as pessoas quanto ao consumo de alimentos”, já que as áreas do governo que cuidam do tema têm o dever de trabalhar pelo bom uso dos agrotóxicos e, além disso, conforme ressaltou, a agricultura conta com um “trabalho de apoio importante por parte de organizações não governamentais que procuram difundir o uso correto dos defensivos agrícolas. (Fonte: Lourenço Canuto/ Agência Brasil)

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Peixes-Bruxa tem postura recorde de ovos na Praia do Forte-BA


Foto: Projeto Tamar


Os oito peixes-bruxa que vivem no conjunto de aquários Submarino Amarelo, no Centro de Visitantes do Tamar, na Praia do Forte/BA, acabam de surpreender os biólogos responsáveis pelos animais que vivem nesse espaço: a postura inédita de 38 ovos (no ano passado colocaram apenas cinco e nenhum deles foi fecundado). Os pesquisadores do Tamar estão estudando mais sobre esses peixes para tentar encontrar uma explicação.Pouco se sabe sobre os peixes-bruxa, que integram a fauna de profundidade. Ainda não foi identificada sequer a espécie - só se conhece o gênero, Eptatretus. Os oito indivíduos que se encontram em exposição no Centro de Visitantes da Praia do Forte foram capturados durantes as pesquisas e testes que o Projeto Tamar vem realizando, junto à frota pesqueira, visando a adoção de anzóis circulares, que diminuem a incidência de captura incidental de tartarugas marinhas pela pesca. 

Os peixes-bruxa ou feiticeiras possuem o corpo alongado (como uma enguia) e a cauda em forma de pá. Medem aproximadamente meio metro de comprimento. A maior espécie conhecida é Eptatretus goliath, com comprimento máximo de 1,27m. Possuem crânio cartilaginoso e uma estrutura semelhante a dentes formada de queratina. Os olhos podem ser vestigiais ou ausentes. Sem nadadeiras verdadeiras, contam com seis barbilhões ao redor da boca e uma narina única.

Submarino Amarelo
O Submarino Amarelo é o mais novo atrativo do Centro de Visitantes do Tamar na Praia do Forte/BA, com grande sucesso de público, recebendo cerca de 1.500 pessoas/mês, em média. Ganhou esse nome porque somente a bordo de um submarino é possível alcançar as profundezas do oceano, onde vivem os animais reunidos nessa mostra cheia de raridades e novas descobertas, em ambiente frio e escuro, como o fundo do mar.

É uma exposição permanente, com visitas guiadas. Além de fotos e modelos, o Submarino oferece uma coleção de raridades: invertebrados e peixes estão expostos vivos, tornando a visita uma verdadeira viagem a um dos ecossistemas oceânicos menos conhecidos do Brasil.

Operação fiscaliza uso de madeira nativa na fabricação de móveis em Minas


foto: DIVULGAÇÃO
Todos os empreendimentos fiscalizados possuem pendências na documentação junto aos goveros federal e estadual e terão 48 horas para apresentar a documentação que comprove a legalidade de suas ações sob pena de serem multados por crime ambiental. 
A ação é um trabalho conjunto da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). “Nesse momento, principal problema observado é a diferença entre a quantidade de madeira encontrada no interior das empresas e a que foi comunicada aos órgãos ambientas no momento da emissão das autorizações para compra, consumo e venda”, afirma o coordenador da operação pela Semad, Alessandro Albino. “Após a análise detalhada da documentação trazida pelos proprietários das empresas, será possível detectar se existem irregularidades”, completa. 
A operação ‘Guardiões das Montanhas II’ utiliza informações dos sistemas eletrônicos de controle federal e estadual que asseguram a legalidade da compra e da venda aquisição da madeira e de seus produtos. No caso de consumo de madeira proveniente da Amazônia, as empresas têm de comprovar as informações prestadas ao Ibama e que constam no mecanismo que gera o Documento de Origem Florestal (DOF). Já em Minas Gerais, o documento equivalente é a Guia de Controle Ambiental (GCA) emitida pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), cujo registro é feito no Sistema Integrado de Informação Ambiental (Siam). 
Nas empresas, os fiscais do Ibama observam os estoques e os tipos de madeira proveniente da Amazônia que é a principal matéria-prima das empresas que fabricam móveis. Já os fiscais da subsecretaria de Controle e Fiscalização Ambiental Integrada da Semad, observam o consumo de madeira de origem nativa de Minas Gerais, bem como de espécies plantadas, como o eucalipto. “A fiscalização é quantitativa e qualitativa e, por isso, agentes dos Estados do Norte do país que são especialistas na identificação de madeira integram a equipe”, observa o coordenador da operação pelo Ibama, Aristides Salgado Neto. 
A operação 'Guardiões das Montanhas II” é realizada em nove municípios da região de Ubá, um dos principais Pólos Moveleiros do país. O trabalho tem a participação de dez fiscais da Semad e 35 do Ibama de Minas Gerais, Pará e Tocantins.

Emerson Gomes
Ascom / Sisema
fonte: IEF-MG

quinta-feira, 31 de março de 2011

Gestão Florestal de Mato Grosso evoluiu, mas lacunas ainda impedem consolidação dos resultados


foto: Amazônia na região de Alta Floresta(DIVULGAÇÃO)

Daniela Torezzan / ICV
 

O Instituto Centro de Vida (ICV) lançou, nesta quarta-feira (23), a segunda edição da publicação “Transparência Florestal Mato Grosso: análises do desmatamento e da gestão florestal”. O estudo faz referência ao contexto e análise do desmatamento e dos quatro componentes da gestão florestal: licenciamento, monitoramento, fiscalização e responsabilização.

A publicação mostra que o desmatamento em Mato Grosso continuou diminuindo na área florestal em 2009 e 2010, atingindo um patamar cerca de 90% inferior ao período de pico (2001-2005). No entanto, alguns municípios ainda têm áreas expressivas de desmatamento e a maior parte continua sendo ilegal. Para enfrentar essa situação, é fundamental resolver várias lacunas que ainda existem na gestão florestal.

Uma delas é em relação ao licenciamento, pois até o final de 2010, nenhum dos vinte municípios do estado classificados como “críticos” para o desmatamento na Amazônia pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) tinha conseguido atingir 80% de área cadastrada no sistema de licenciamento ambiental, condição para ter seu desmatamento “monitorado e sob controle”.

Outra questão são os Planos de Manejo Florestal Sustentável (PMFS) que, em 2009, tiveram diminuição da área nas autorizações de manejo emitidas, por conta das dificuldades e da demora no licenciamento ambiental e na aprovação de planos, o que significou, na prática, uma redução da oferta de madeira legal oriunda de manejo sustentável.
Sobre a fiscalização realizada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) um dos pontos que chama a atenção são as carências na estrutura. No quadro de colaboradores, os funcionários efetivos ainda são a minoria. Além disso, existe uma falta de clareza na subordinação das unidades regionais, que afeta sua participação no esforço de fiscalização.

Quanto à responsabilização, continua sendo o componente mais frágil da gestão florestal em Mato Grosso. A estrutura do setor responsável no órgão estadual não cresceu em 2009 e está defasada com a quantidade crescente de multas emitidas pela fiscalização. Isso resulta em demora na análise jurídica e em atrasos nas decisões administrativas sobre essas multas. Além disso, a criação de novos procedimentos aumentou mais ainda o tempo de tramitação dos processos. Soma-se a isso o alto índice de cancelamento de multas.

De acordo com o ICV, para viabilizar a consolidação da gestão florestal estadual, é fundamental efetivar a implementação do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas do Estado de Mato Grosso (PPCDQ-MT). Esse plano, lançado em outubro de 2009 e confirmado por decreto em outubro de 2010, prevê ações específicas para o licenciamento, o monitoramento, a fiscalização e a responsabilização, além de outros tipos de ações complementares. Um projeto ou conjunto de projetos junto ao Fundo Amazônia pode viabilizar sua implementação.

Clique aqui para baixar a publicação.

terça-feira, 29 de março de 2011

Notas Verdes

1- Camada formada na Idade do Gelo filtra poluente na Índia
 
Cientistas que integram um grupo internacional de pesquisa afirmam que uma camada do solo formada durante a Idade do Gelo é um mecanismo natural que age no combate ao arsênico, encontrado principalmente em aquíferos de Bangladesh e da Índia.
Segundo o estudo, o paleosolo se torna um filtro natural à substância poluente, que pode provocar cegueira infantil, entre outros danos aos seres humanos.
O arsênico polui reservatórios de aquíferos de formação sedimentária e sua concentração varia de região a região.
No caso de Bangladesh e Índia, há um agravante, que é a bacia de Bengala. A sua estrutura geológica faz com que a área apresente mais arsênico.
Os pesquisadores identificaram que os locais do solo que não tinham a camada protetora apresentavam maior quantidade de arsênico – uma média entre 50 mg/l e 100 mg/l.
O paleosolo, segundo a análise, pode evitar a contaminação da água, mas também filtrar nitrato e pesticidas.
O estudo, publicado na versão online da “Nature Índia”, envolveu equipes das universidades Western Australia e de Sydney. (Fonte: Folha.com)

2- Número de participantes da Hora do Planeta bate recorde no Brasil
 
Milhares de pessoas em 123 cidades brasileiras participaram da Hora do Planeta, no sábado, 26 de março. A presença de 20 capitais em conjunto com mais de 1.900 empresas e organizações resultou em um recorde de público desde que o evento foi iniciado no Brasil, há três anos.
A mobilização para deixar o país às escuras teve início às 20h30, horário de Brasília. Capitais como Campo Grande, Vitória, Salvador e São Paulo apagaram as luzes de diversos ícones das cidades em um gesto que chamou atenção para os desafios impostos pelas mudanças climáticas.
No Rio de Janeiro, cidade sede do evento brasileiro de 2011, cerca de 3,5 mil pessoas sambaram nos Arcos da Lapa, ao som das baterias das escolas de samba Mangueira, Portela, União da Ilha e Grande Rio.
A abertura da Hora do Planeta foi realizada pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, pelo prefeito Eduardo Paes e pelo secretário estadual do Meio Ambiente, Carlos Mic, que, juntos, desligaram as luzes de ícones como o Cristo Redentor, a orla de Copacabana, o Arpoador, o Pão de Açúcar e os Arcos da Lapa.
Com a cidade no escuro, foi a vez de os cidadãos realizarem um minuto de silêncio em homenagem às vítimas das enchentes no Brasil no início do ano, que afetaram severamente o estado do Rio de Janeiro, e aos recentes terremotos e tsunami no Japão.
Em Brasília, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, e o superintendente de Conservação do WWF-Brasil, Cláudio Maretti, se reuniram no Museu da República para desligar um grande interruptor que simbolizou o apagar de luzes da cidade. Locais como a Esplanada dos Ministérios, o Palácio do Buriti e o Memorial JK também ficaram apagados.
A participação de três cidades do Acre (Xapuri, Santa Rosa do Purus e Sena Madureira) também chamou atenção dos realizadores do evento, mas foi a capital Rio Branco que concentrou grande parte das atividades. Um delas foi a “bicicleata” que partiu da sede do Governo Estadual e chegou na Ponte JK – ambos os pontos estavam apagados. A mobilização também lembrou o nome do ambientalista Chico Mendes e contou com a presença da filha dele, Elenira Mendes.
A terra de Padre Cícero, Juazeiro do Norte, no Ceará, também participou da celebração pelo planeta e apagou suas luzes por uma hora. Durante o período de escuridão a população aproveitou para observar estrelas, nebulosas, Saturno e seus anéis, em três telescópios oferecidos pela estação astronômica PieGise.
Hora do Planeta no mundo – Em todos os sete continentes cerca de 134 países e territórios participaram da Hora do Planeta, mas o número não é preciso. De acordo com o cofundador e diretor executivo do evento, Andy Ridley, “a lista de participantes oficiais sempre fica aquém do nível real de participação”.
“Depois do evento, a gente sempre descobre que ele foi realizado em países que nunca nos contataram, em lugares que nunca ouvimos falar”, completou.
A edição de 2011 da Hora do Planeta teve início nas ilhas Fiji e na Nova Zelândia, e terminou 24 horas mais tarde nas Ilhas Cook. A estimativa é que o número de participantes tenha ultrapassado o marco de cem milhões de pessoas. (Fonte: Portal Terra)


3- Folha artificial
 
Da teoria para a prática. A busca pela fotossíntese artificial acaba de dar mais um importante passo. A novidade foi apresentada neste domingo (27) em Anaheim, nos Estados Unidos, por um grupo de cientistas que desenvolveu uma folha artificial capaz de produzir energia.
Na 241ª reunião nacional da American Chemical Society, o grupo liderado por Daniel Nocera, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), descreveu uma célula solar do tamanho de um baralho de cartas capaz de imitar a fotossíntese, processo por meio do qual as plantas convertem luz e água em energia.
A fotossíntese artificial é investigada em centros de pesquisa de diversos países e foi um dos principais assuntos debatidos no Workshop BIOEN/PPP Ethanol on Sugarcane Photosynthesis, realizado pelo Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia em 2009.
“Uma folha artificial funcional tem sido uma espécie de cálice sagrado da ciência há décadas e acreditamos que tenhamos conseguido desenvolvê-la. Nossa folha se mostrou promissora como uma fonte de energia de baixo custo para residências pobres em países em desenvolvimento, por exemplo. Nosso objetivo é fazer com que cada casa tenha sua própria geração de eletricidade”, disse Nocera.
Apesar de ter como base as folhas verdes, o dispositivo apresentado pelos cientistas norte-americanos em nada lembra um vegetal, com exceção do resultado energético.
O equipamento é feito de silício e cheio de componentes eletrônicos e catalisadores, usados para acelerar reações químicas. Colocado em um balde com água sob a luz do Sol, o pequeno aparelho divide a água em seus dois componentes básicos: hidrogênio e oxigênio.
Hidrogênio e oxigênio são armazenados em células combustíveis, que usa os dois elementos para produzir eletricidade.
Nocera conta que a primeira folha artificial foi desenvolvida há mais de uma década por John Turner, do Laboratório Nacional de Energias Renováveis no Colorado, mas que não se mostrou prático para uso amplo por ser instável, gerar pouca energia e usar metais caros.
O novo dispositivo superou esses problemas, segundo o cientista, usando materiais mais baratos (como níquel e cobalto) e tendo operado sem parar por mais de 45 horas sem perda na produtividade.
Por enquanto a folha artificial do grupo de Nocera é cerca de dez vezes mais eficiente na fotossíntese do que uma folha normal. Ainda assim seriam precisos dezenas ou centenas de dispositivos para produzir a mesma energia que uma árvore. Entretanto, Nocera estima que a eficiência possa ser multiplicada no futuro.
“Da mesma forma que a natureza, acho que o mundo no futuro será alimentado pela fotossíntese, na forma de folhas artificiais”, disse. (Fonte: Agência Fapesp)

4- Cientistas encontram prova para erupções vulcânicas no fundo do mar
 
Cientistas norte-americanos encontraram prova para a existência de erupções vulcânicas no fundo dos oceanos. Os dados foram divulgados na revista científica “Nature Geoscience” nesta segunda-feira (28).
Usando uma instrumento que lança íons na superfície de materiais para estudar a composição química, uma equipe da Universidade McGill descobriu concentrações altas de gás carbônico em pequenas “gotas” de magma. As gotas estavam presas em cristais na placa tectônica de Juan de Fuca, no estado norte-americano de Oregon. Os cristais foram encontrados em depósitos de cinzas de um vulcão submarino na região.
Os cientistas tentavam descobrir uma prova para explosões vulcânicas no fundo do mar há 10 anos. Cerca de 80% de toda a atividade vulcânica na Terra acontece no fundo dos oceanos, mas explosões são raras pois as concentrações de gás magmático – que serve como combustível para reações explosivas – são pequenas e os vulcões submarinos são pressionados por toda a água que os cerca.
As gotas representam, segundo os pesquisadores, o estado físico do magma antes de uma erupção e são uma prova da existência das explosões. Os cientistas também afirmam no estudo que o lançamento de gás carbônico na atmosfera a partir do fundo dos oceanos é muito maior do que se imaginava. (Fonte: G1)


5- Homens são presos na Indonésia ao tentar embarcar com 40 cobras
Dois homens foram presos no aeroporto de Jacarta, na Indonésia, quando tentavam embarcar para Dubai levando 40 serpentes na bagagem de mão.
A segurança apreendeu as pítons, que estavam sedadas, quando os homens tentavam passar pelo raio-X.
Segundo a agência Associated Press, os acusados disseram à polícia que o objetivo era vender os animais a colecionadores nos Emirados Árabes.
Em declarações reproduzidas no jornal “Jakarta Post”, o porta-voz do aeroporto, Salahudin Rafi, explicou que os contrabandistas aplicam sedativos aos animais para que não sejam detectados no raio-X.
‘Em nome da segurança de voo, não é permitido que animais sejam trazidos para dentro da aeronave sem permissão e sem cuidados especiais. Nós normalmente colocamos os animais no bagageiro. As pítons estão entre os animais proibidos’, disse o porta-voz.
Se forem condenados por contrabando, os acusados podem pegar até sete anos de prisão. Os animais foram levados para o centro de quarentena do aeroporto. (Fonte: G1)


6- Eletronuclear pode ir à Justiça para conseguir licença definitiva de Angra 2
 
A Eletronuclear estuda recorrer à Justiça para conseguir do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) a licença definitiva de operação da Usina Nuclear Angra 2. A informação foi dada por Leonam dos Santos Guimarães, assistente da presidência da estatal.
Guimarães esclareceu que a emissão da licença depende do encerramento de um termo de ajustamento de conduta (TAC) firmado com o Ministério Público Federal (MPF) em 2006. Mesmo Angra 2 tendo cumprido os requisitos do acordo, o encerramento do TAC aguarda aval do MPF.
“Como líder do processo, o Ibama já pegou os pareceres de todos que assinaram o TAC de 2006 e fez um parecer dizendo que considerava cumpridos todos os requisitos. Encaminhou para o MPF em Brasília e isso está lá até hoje”, disse o assessor.
O TAC de Angra 2 envolveu a prefeitura de Angra dos Reis, o governo do estado do Rio, a Comissão Nacional de Energia Elétrica (Cnem) e o próprio Ibama. Previa, principalmente, medidas de compensação social, além de um plano de emergência para evacuação da população de Angra e localidades vizinhas em caso de acidente nuclear.
O assistente da Eletronuclear garantiu que todos os itens do acordo, como reforma de rodovias, foram cumpridos, mas como o TAC não foi encerrado, o Ibama não pode atuar. Por sua vez, a Cnem também fica impedida de emitir a autorização de operação permanente.
Nos últimos anos, segundo Guimarães, a usina nuclear precisa renovar periodicamente a autorização de operação inicial. “É um processo desagradável, questionado sempre pelas pessoas, mas é única alternativa que nós temos”, disse ele, que participou do 1º Seminário de sobre Matriz Energética no Brasil, no Rio de Janeiro. De acordo com a Eletronuclear, a Usina Nuclear Angra 1 está plenamente licenciada. (Fonte: Isabela Vieira/ Agência Brasil)

7- Situação na usina avariada requer ‘vigilância’, diz premiê do Japão
 
O premiê do Japão, Naoto Kan, disse nesta terça-feira (29) que o acidente da usina nuclear de Fukushima Daiichi está em um estágio que requer “vigilância”.
Falando ao Parlamento, Kan afirmou que a situação na planta deve ser tratada com um “profundo senso de urgência”.
As autoridades continuam lutando para estabilizar os reatores da usina, bastante afetada pelo terremoto seguido de tsunami que devastou regiões costeiras do país em 11 de março.
Plutônio – A empresa que opera a usina informou na segunda que foi encontrado plutônio em vários pontos do solo do complexo.
A Tepco acredita que o plutônio veio do combustível de um dos reatores avariados pelo tremor e pelo tsunami.
Os resultados foram tirados de amostras de solo tiradas uma semana antes, segundo a Tokyo Electric Power Co (Tepco).
A empresa afirmou que, nos níveis encontrados, o material radioativo não oferece risco à saúde humana.
Um porta-voz disse que a taxa de plutônio encontrada nesses locais era equivalente à detectada no Japão após os testes atômicos realizados em países vizinhos como, por exemplo, a Coreia do Norte.
“As mostras colocaram em evidência a presença de plutônio 238, 239 e 240″, precisou e “a concentração fraca não representa nenhum perigo para a saúde”, acrescentou.
Mais cedo, a Tepco havia informado que foi detectada água com alto índice de radioatividade no exterior do edifício que abriga o reator 2 e sua turbina na central nuclear.
“Detectamos água acumulada em poços de um duto subterrâneo que desemboca no exterior do edifício, com um nível de radioatividade superior a 1.000 milisieverts por hora”, declarou um porta-voz da empresa.
Os poços ficam a 60 metros do Oceano Pacífico, e a água contaminada pode ter seguido até a margem.
A empresa também detectou água contaminada no exterior dos edifícios dos reatores 1 e 3, mas com níveis de radioatividade muito inferiores.
Incêndios, explosões e vazamentos radioativos repetidos forçaram os engenheiros a suspender os esforços para estabilizar a usina, incluindo no domingo, quando os níveis de radiação chegaram a 100 mil vezes acima do normal na água dentro do reator 2.
Um derretimento parcial de hastes de combustível dentro do recipiente do reator foi responsável pelos altos níveis de radiação naquele reator, embora o Secretário-Geral de Gabinete Yukio Edano tenha dito que a radiação foi em grande parte contida no prédio do reator.
Segundo a agência Kyodo, diante da inquietação para controlar os reatores, a Tepco apelou às empresas francesas por ajuda.
O grupo ambientalista Greenpeace afirmou que seus especialistas confirmaram níveis de radiação de até 10 microsieverts por hora em um vilarejo 40 km a noroeste da usina, e pediu a ampliação da zona de exclusão de 20 km.
“Claro que não é seguro permanecer em Iitate, especialmente crianças e grávidas, quando isso significa receber a dose anual máxima de radiação em alguns dias”, disse o Greenpeace em um comunicado, referindo-se ao vilarejo onde foi feita a medição.
Mais de 70 mil pessoas foram retiradas de uma área de 20 km da usina e outras 130 mil dentro de uma zona que se estende por mais 10 km foram aconselhadas a permanecer dentro de casa. Também foram incentivadas a sair do local.
Abastecimento – O ministério da Saúde do Japão pediu às engarrafadoras de água em todo o país que suspendam o uso de águas pluviais para evitar contaminações pelos resíduos radioativos da central de Fukushima. Além disso, o ministério ordenou no fim de semana aos distribuidores de água e estações de tratamento a cobertura dos depósitos com uma lona para isolar os locais de uma possível radiação.
Também devem evitar o abastecimento de água dos rios logo após as chuvas.
Tóquio, cidade de 13 milhões de habitantes, e diversos municípios próximos detectaram na semana passada um nível de iodo radioativo na água de torneira superior ao limite recomendado para os bebês.
Na quarta-feira, os habitantes de Tóquio receberam a ordem de não dar água de torneira aos bebês. Um dia depois a suspensão foi proibida.
O ministério da Saúde teme que as chuvas contenham elementos radioativos da central de Fukushima, afetada pelo terremoto e tsunami de 11 de março. A situação gerou a pior crise da história nuclear civil do Japão. (Fonte: G1)
Enviado por Amanda França, Gestora Ambiental, Uberlandia-MG, Integrante do eicaambiental.blogspot.com.